Intervenientes

Rogério Roque Amaro, ISCTE, IUL
Casimiro Balsa, REDE Desigualdades e Cics.Nova, FCSH, UNL
Lindomar Wessler Boneti. PUC, Paraná e REDE Desigualdades
Nathalie Burnay, Université catholique de Louvain-la-Neuve e REDE Desigualdades
Antônio Dimas Cardoso, Univ. Estadual de Montes Claros e REDE Desigualdades
Vivianne Châtel, Université de Fribourg e REDE Desigualdades
Cecília Dionísio, Instituto de Segurança Social
Jordi Estivill, REDE Desigualdades e Xarxa de Economia Solidaria de Catalunya
Bárbara Ferreira, SOCIUS/CSG (ISEG/ Universidade de Lisboa)
Manuel Lisboa, Cics.Nova – NOVA-FCSH e REDE Desigualdades
Cláudia Maia, Univ. Estadual de Montes Claros e REDE Desigualdades
José Herculano Paulo, NOVA-FCSH
Manuela Pereira, Cics.Nova, NOVA-FCSH, e CEDECS, Funchal
Marc-Henry Soulet, Université de Fribourg e REDE Desigualdades
Cláudia Valadas Urbano, Cics.Nova – NOVA-FCSH e REDE Desigualdades
Clara Vital, Cics.Nova – NOVA-FCSH e REDE Desigualdades

 

Problemática


Um referencial que tem vindo a ser construído para dar conta da relação entre o conhecimento e a intervenção, resumido, muitas vezes, na etiqueta “Ciência Tecnologia & Sociedade”, coloca em equação (que está longe de ser resolvida) o papel, o estatuto e as orientações dos atores (ou mesmo os actantes) considerados poder participar na definição de “problemas complexos” e na construção dos instrumentos suscetíveis de participar na sua resolução.
Esta discussão envolve diferentes dimensões, designadamente: 1) as temporalidades e os contextos que se adequam a esse referencial; 2) a própria natureza dos seus objetos de estudo; 3) o locus da iniciativa a partir do qual os objetos são definidos; 4) os níveis de responsabilidade comprometidos; 5) o envolvimento disciplinar e os modos de articulação entre as disciplinas; 6) os estilos de organização que lhe correspondem; 7) os tipos e o estatuto dos conhecimentos envolvidos; 8) os modos de acumulação desses conhecimentos e 9) os critério de validação dos resultados obtidos.
Muitas destas questões foram discutidas numa publicação anterior (BALSA, Casimiro, CARDOSO, A. Dimas, RODRIGUES, Luciene e SOULET, Marc-Henry (Org), 2016). Neste Seminário, procuramos cingir-nos às questões que coloca a necessária articulação entre os conhecimentos disciplinares ou os saberes suscetíveis de ser mobilizados para tratar problemas sociais complexos. Acreditamos que os problemas sociais são sempre complexos, à condição que os atores queiram assumir a sua espessura multidimensional, multideterminada, multissetorial… recebendo expressões diferentes de acordo com as diferentes escalas de território ou com as perspetivas disciplinares através dos quais os analisamos.
Num primeiro momento estas questões serão discutidas a partir de problemas e questões sociais significativas e, num segundo momento, na perspetiva do modo como elas interpelam os sistemas e as ações de formação e a segmentação disciplinar.

 

Problématique


Un référentiel construit pour rendre compte de la relation entre connaissance et intervention, souvent résumé sous l’étiquette « Science, Technologie & Société », met en équation (qui est, cependant, loin d’être résolue) le rôle, le statut et les orientations des acteurs (voire des actants) considérés comme pouvant participer à la définition de «problèmes complexes» et à la construction d’instruments capables de participer à leur résolution.
Cette discussion implique différentes dimensions, notamment: 1) les temporalités et les contextes qui correspondent à ce référentiel; 2) la nature de ses objets d’étude; 3) le locus de l’initiative à partir duquel ces objets sont définis; 4) les niveaux de responsabilité engagés; 5) les disciplines mobilisées et les modes de leur articulation; 6) les styles d’organisation qui lui correspondent; 7) les types et le statut des savoirs concernés; 8) les modalités d’accumulation de ces savoirs et 9) les critères de validation des résultats obtenus.
Nous avons discuté certaines de ces questions dans une publication antérieure (BALSA, Casimiro, CARDOSO, A. Dimas, RODRIGUES, Luciene e SOULET, Marc-Henry (Org), 2016). Dans ce Séminaire, nous nous limiterons aux questions qui soulève la nécessité d’articuler l’apport de différentes disciplines ou de savoirs susceptibles d’être mobilisés pour faire face à des problèmes sociaux complexes. Nous pensons que les problèmes sociaux sont toujours complexes, à condition que les acteurs veuillent assumer leur épaisseur multidimensionnelle, multi déterminée, multisectorielle… recevant des expressions différentes selon les différentes échelles de territoire ou les perspectives disciplinaires à partir desquelles nous les analysons.
Dans un premier temps, ces questions seront discutées à partir de problèmes et d’enjeux sociaux significatifs et, dans un second temps, en considérant la manière dont ces questions remettent en cause les dispositifs et les actions de formation, ainsi que la segmentation disciplinaire.